sábado, 23 de abril de 2022

Bolsonarismo na terra plana

Existe uma frase famosa de Nietzsche que diz: “o fanatismo é a única forma de poder acessível aos fracos”. A frase vai bem à calhar para se analisar os fenômenos de messianismo, tanto religiosos quanto políticos, o bolsonarismo se enquadra bem nas duas categorias de análise.

            Já falamos dos parcos atributos intelectuais e morais do líder messiânico Bolsonaro, pouco inclinado ao trabalho, físico ou intelectual, o presidente é líder de uma seita de apoiadores que o idolatram como “mito”, não importa as inúmeras promessas de campanha quebradas ou os antigos aliados abandonados na cova dos leões: Sara Winter, Roberto Jefferson, Oswaldo Eustáquio e agora Daniel Silveira. O gado apoiador do presidente sempre procura uma desculpa pra isentar seu “mito” de culpas, como quem diz, “A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser”, Bolsonaro é sempre traído e o último a saber.

            Na terra plana do bolsonarismo, não importa se o político ganhou a eleição prometendo probidade e combate à corrupção e agora é aliado de corruptos e políticos do centrão, não. Não importa também se o político não liga para a vida de pessoas na pandemia e que o importante é a economia e a produção, não. Para os apoiadores do “mito” vale a frase do livro 1984: “...Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força”, na realidade invertida da terra plana é o eleitor que deve fidelidade canina ao líder messiânico, e não o político ao eleitor